Estigma na demência

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O que é estigma?

 

O estigma pode ser compreendido como uma marca individual negativa que diferencia, marginaliza , desvaloriza e deteriora a identidade social do indivíduo. 

 

Para compreender melhor sobre o estigma relacionado à demência, um modelo bastante útil foi desenvolvido nos estudos de Blay, SL & Peluso, ETP 2010  Young, JA, Lind, C, Orange, JB & Savundranayagam, MY 2019 , onde dizem que o estigma ocorre: 

  • Dependendo de quem detém o poder sobre quem tem demência;
  • Quando a sociedade internaliza crenças negativas generalizadas (estereótipos);
  • Quando a sociedade manifesta-se com respostas emocionais negativas (preconceito);
  • Quando a sociedade manifesta-se com respostas comportamentais negativas (discriminação).

 

 

A falta de conhecimentos sobre a demência e a disseminação de informações contrárias à verdade, trazem consequencias altamente prejudiciais às pessoas que têm demência e que nem mais conseguem combater isso ou seus familiares cuidadores.

Quando a sociedade reproduz estigmas, contribui para impactar a qualidade de vida dessas pessoas, aumenta a dificuldade no enfrentamento da doença; atrasa o diagnóstico e o início do tratamento, do planejamento da vida, intensifica o medo e a insegurança quanto ao futuro; compromete o envolvimento dessas pessoas nas atividades da vida diária; contribuem para o isolamento social.

 

- O conhecimento público sobre demência é fundamental no combate ao estigma. 

 

Referências: 

Blay, SL & Peluso, ETP 2010. ‘Public stigma: The community’s tolerance of alzheimer disease’, American Journal of Geriatric Psychiatry, 18 (2), 163-171.


Young, JA, Lind, C, Orange, JB & Savundranayagam, MY 2019. ‘Expanding current understandings of epistemic injustice and dementia: Learning from stigma theory’, Journal of Aging Studies, 48 (76-84).