Embora até o momento não haja cura para a Doença de Alzheimer (DA), muitos estudos sugerem que tratar a doença bem cedo, logo que percebam os primeiros sinais, possa tornar menos acelerada evolução da doença.
Por isso, é importante consultar um médico experiente se você percebe alguma alteração em sua memória ou com a de um ente-querido.
Existem duas formas de tratar a DA: com intervenção farmacológica e com intervenção não farmacológica.
- Intervenção farmacológica (medicamentosa):
É o tratamento com drogas (medicamentos), que tenta controlar os sintomas da doença (depressão, psicoses, alterações de comportamento, distúrbios do sono) e conservar a cognição que ainda esteja preservada por um pouco mais de tempo.
Na DA acontece morte de neurônios (principais células cerebrais). Alguns desses neurônios usam como mensageiro químico um neurotransmissor chamado acetilcolina, que vai diminuindo consideravelmente conforme eles vão morrendo e que acontece especialmente nas partes do cérebro responsáveis pela formação de memória (hipocampo). Isso pode explicar os sintomas iniciais da doença. Para corrigir essa falta de acetilcolina no cérebro, esses medicamentos ajudam a diminuir a degradação da acetilcolina.
O tratamento com medicamentos funciona de maneira diferente de pessoa para pessoa. Algumas são mais sensíveis que outras e podem obter respostas diferentes também. Por isso a importância de não administrar medicamento algum sem orientação médica. Ele sabe que medicamento seu ente querido pode tomar, a dosagem segura e o momento que deve interromper ou fazer alguma troca.
As drogas atualmente aprovadas para o tratamento sintomático da DA são os inibidores das colinesterases: Donepezil, Rivastigmina, Galantamina, geralmente utilizadas na fase inicial à moderada e a Memantina, na fase moderada à grave da doença.
Intervenção não farmacológica (não medicamentosa) e sua relação com a qualidade de vida tanto de quem cuida quanto de quem é cuidado.
Na perspectiva de um progressivo comprometimento cognitivo e da falta de um tratamento mais efetivo que propicie a cura da Doença de Alzheimer ou de outras doenças degenerativas similares, os tratamentos não farmacológicos (ou não medicamentoso) representam opções importantes na manutenção da qualidade de vida das pessoas que vivenciam demência no dia a dia e de seus cuidadores, exercendo uma carga física, psicológica, social e / ou financeira para muitos. A realidade é que não há perspectiva de que surja algum medicamento capaz de curar ou interromper a progressão da doença até 2025.
Alguns tratamentos não farmacológicos encontrados na literatura científica para quem vivencia a demência no dia a dia, incluem a terapia física, comportamental, ocupacional, fonoaudiológica, da música, reminiscência, reabilitação cognitiva, quando adaptadas às capacidades residuais e às necessidades do indivíduo.
Já as terapias não farmacológicas relacionadas à redução da sobrecarga do cuidador, estão associadas à educação da doença e dos sintomas, aprendizagem de habilidades de gestão de comportamentos alterados da pessoa com demência, atividade física, de relaxamento, terapia psicossocial, aconselhamento e apoio. É de suma importância que tão logo se tenha o diagnóstico de demência, que se procure ajuda médica e de instituições que ofereçam educação e suporte, geralmente através de Grupos de Apoio.
Estudos de meta-análise sobre os efeitos do tratamento não farmacológico nas demências sugerem que uma combinação de várias terapias (farmacológica e não farmacológica), parece ser mais eficaz do que uma única intervenção.
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